sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ser feliz ou não ser? É essa mesmo a questão?

“Seja feliz, minha filha!” É o que 100 em cada 10 pais desejam para seus filhos, certo? Mas isso é também a grande exigência da nossa sociedade atualmente. Se você não está super feliz, curtindo todas com seus amigos ou cônjuges, postando fotos segurando qualquer bebida alcoólica no “Face”, só pode ter alguma coisa de muito errada contigo. Mas será que ser feliz é assim tão imperativo e imprescindível?

Não sei vocês, mas eu acredito que momentos felizes são raros e é justamente essa raridade que faz deles tão intensos e importantes. Se fôssemos super felizes o tempo todo, a tal felicidade não seria assim tão louvável. Sabe aquela idéia de “Não existiria o som, se não houvesse o silêncio”? Pois bem, se não ficássemos tristes, não daríamos o mesmo valor à alegria.

Mas só depois de passarmos por momentos difíceis, é que percebemos a importância de pequenas situações e conseguimos extrair alegria de coisas que antes passariam despercebidas, tipo aquele vento gostoso em um dia ensolarado.

E me arrisco a dizer que nossa produção criativa é bem mais interessante na tristeza, pois conseguimos refletir com mais clareza sobre os processos da vida e transformar essa reflexão em algo com o qual as pessoas se identifiquem (O povo do axé deve me odiar agora).

Busco a felicidade, claro, mas minha real preocupação é com estar bem, ter estabilidade emocional e harmonia para tomar decisões importantes e construir futuro do qual eu vá me orgulhar em 40 anos. A felicidade é muito gostosa, mas não pode se tornar uma obsessão, uma condição sine qua non para a existência (mandei bem no latim, hein?). Os momentos felizes são só o resultado do esforço diuturno de se estar bem.

E de repente, você está ali, tranqüilo, cuidando da sua vidinha e, como uma bolha que explode, você está super feliz de novo. Sempre carrego a minha câmera pra registrar esses breves segundos, mas a tecnologia ainda não inventou nada que os capte em sua essência. E, mesmo assim, eles também não são nem um pouco publicáveis, pois só fazem sentido para nós mesmos. São nossos, só nossos.

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